Djanira chegou ao Rio de Janeiro no fim dos anos 1930, sublocando espaços na pensão Mauá, por onde passaram artistas como Milton Dacosta e Emeric Marcier que - depois de suas aulas noturnas no Liceu de Artes e Ofícios - lhe deu valiosas orientações na arte da pintura.
Em 1952, Djanira recebeu o Prêmio de Viagem pelo Brasil do 1º Salão Nacional de Arte Moderna e aprofundou seu interesse pelas fontes populares, o povo e as paisagens, uma predileção que já se mostrava em sua história de viagens pelo país, ansiando pelo conhecimento de seu povo e suas paragens.
“Viajar e pintar são os verbos do meu destino”
Nos anos 60, o olhar da artista se volta para a bucólica cidade de Paraty, transferindo sua residência para o vilarejo de Corumbê, propriedade em que se dedicaca à lavoura de banana, tema que surge em diversas pinturas da época.
Dessas inúmeras paisagens, Paraty tornou-se o pano de fundo dessa obra, não por suas ruas históricas e construções coloniais, mas pela exuberância da natureza e da produção de bananas. Aparecem então tanto o tom tropical representado por esse fruto bastante trabalhado pelos pintores modernistas, ávidos por símbolos de nacionalidade, mas pelo trabalho atrelado à colheita de banana, sendo o tema do trabalho, um dos grandes interesses da artista.