Uma das buscas do modernismo brasileiro era a busca de uma identidade nacional. Cada artista empreendeu suas buscas, e um dos temas que reverberou na produção de muitos artistas foi o aspecto religioso da população brasileira, seja em seu sistema de crenças, com santos, deuses e orixás, seja com ritos, festas e procissões.
Djanira era católica e no fim de sua vida chegou a entrar para a Ordem Terceira do Carmo, tornando-se uma irmã leiga. Essa religiosidade foi demonstrada em diversas de suas obras, como nesta em que retrata a Festa do Divino Espírito Santo no dia de Pentecostes.
“Sempre fui uma pessoa religiosa, mística. A vida toda. Assisto à minha missa, quando tenho tempo, no Mosteiro de São Bento; quando não no convento em frente, todos os domingos. (...) Sobre a decisão de me tornar irmã terceira é muito difícil dizer quando tomei essa decisão. O que posso dizer é que sempre fui muito religiosa. Sempre pensei nessa aproximação. Sempre acreditei em Deus e nos homens. Quero agora continuar minha vida mais perto de Deus como noviça carmelita.”