Prato do serviço de Antonio Carlos de Arruda Botelho, conde do Pinhal, c. segunda metade do séc. XIX, [Paris/França].
Antônio Carlos de Arruda Botelho (Piracicaba, 1827 – São Carlos, 1901) foi um dos grandes nomes do café e da política paulista no Segundo Reinado. Como único detentor dos títulos de barão, visconde e conde do Pinhal, acumulou prestígio tanto na aristocracia rural quanto nos círculos do poder.
Herdeiro das terras da sesmaria do Pinhal, transformou sua herança em um próspero império cafeeiro, estabelecendo várias fazendas nas regiões de São Carlos e Jaú. Sua influência, porém, não se limitou à agricultura: como membro do Partido Liberal, teve atuação marcante na política provincial, ajudando a moldar os rumos de São Paulo durante o Império.
Visionário nos negócios, investiu no transporte ferroviário – essencial para escoar a produção de café – ao adquirir parte da Companhia do Rio Claro de Estradas de Ferro, em parceria com outros fazendeiros. Além disso, fundou em Santos a Casa Comissária Arruda Botelho, consolidando sua presença desde as lavouras do interior até o porto, onde o café seguia para exportação.
Assim, o Conde do Pinhal personificou a elite cafeeira em ascensão: unindo empreendedorismo, poder político e a força econômica do café.