Interessante notar a presença de duas mulheres bastante importantes do período, sendo mencionadas por Tarsila como participantes da obra. São elas, Eneida de Moraes e Elsie Houston Perét. Tarsila não mencionou quais dos cinquenta e um rostos da obra se referem a Eneida e Elsie Houston. Convidamos o leitor a conhecê-las, comparar as fotografias à pintura e empreender essa busca!
Em 1933, Tarsila do Amaral foi presa pelo governo Vargas por participar de reuniões ligadas ao partido comunista. Durante sua estada na prisão, conheceu a jornalista paraense Eneida de Moraes. Vanguardista revolucionária na literatura e na política, Eneida escreveu artigos, ensaios e livros de crônicas em que estudava e dava luz à cultura popular, como o Carnaval - tema discutido em um de seus livros - além de lutar e defender um mundo mais justo e igualitário. Ativista política, participou de greves, manifestações e diversas ações, tendo sido presa onze vezes, uma delas com Tarsila do Amaral e outra com Olga Benário, em 1935, quando participou da Intentona Comunista. Esta última prisão foi relatada em suas crônicas e por Graciliano Ramos em “Memórias do Cárcere”.
Eneida de Moraes. Foto: Ney Paiva. Disponível em: <https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2021/04/27/obra-e-legado-de-eneida-de-moraes-sao-tema-de-live-nesta-terca-feira.ghtml>. Acesso em: 02 mar. 2020
Eneida de Moraes. Acervo do Grupo de Estudo Eneida de Moraes. Disponível em: <https://www.oliberal.com/cultura/eneida-sempre-viva-eneida-sempre-livre-1.205826>. Acesso em: 02 mar. 2022.
Acreditamos que Eneida está representada na figura acima.
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