Procissão de barcos, dec. 1940-50. / Sem título, dec. 1940-50.


Alfredo Volpi (Lucca/Itália, 1896 – São Paulo/SP, 1988).
Procissão de barcos, dec. 1940-50.
Pintura sobre azulejo.
31 x 30,5 x 3 cm
Alfredo Volpi e Mário Zanini
(Lucca/Itália, 1896 – São Paulo/SP, 1988) e (São Paulo/SP, 1907-1971).
Sem título, dec. 1940-50. Pintura sobre azulejo.
91 x 91 x 3,5 cm
O artista italiano Alfredo Volpi chegou ao Brasil em 1897, com pouco mais de um ano. Sua família instalou-se no bairro do Cambuci e mais tarde ele passou a estudar na Escola Profissional Masculina do Brás, trabalhando depois como aprendiz de decorador, quando também começou a pintar sobre tela e madeira.
Suas composições, geralmente paisagens, revelam um certo romantismo de temas, como a vida simples no campo e na cidade. Os casarios perpassam grande parte de sua produção, desde seu período mais acadêmico, até sua fase mais geometrizada e colorida com as bandeirinhas de festa junina.
Estas obras em azulejo exemplificam o trabalho seriado, porém artesanal, realizado pela azulejaria Osirarte. Nestas cenas, Volpi representou os momentos de festa, descanso e convivialidade, como na seresta, que fez em parceria com o artista Mário Zanini, onde estão representadas as casinhas camponesas e a comunidade ao redor da fogueira. Em “Procissão de barcos”, a festa de Pentecostes é o tema da composição, onde um mastro trazendo o divino espírito santo chega numa pequena canoa. O clima festivo é representado pela comunidade do povoado que recebe os canoeiros e ocupa todo o caminho até a igreja no topo da colina, de onde padre sai para guiar os festejos.