Lenhador, 1971.

Clóvis Graciano (Araras/SP, 1907 – São Paulo/SP, 1988). Lenhador, 1971. Óleo sobre tela.
84,50 x 63,3 x 4,5 cm
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Clóvis Graciano (Araras/SP, 1907 – São Paulo/SP, 1988). Lenhador, 1971.
Óleo sobre tela. 84,50 x 63,3 x 4,5 cm

Clóvis Graciano, um dos grandes artistas modernistas brasileiros, interessava-se pela pintura mural e seus temas de caráter popular, político e social. Afinado a esse pensamento, voltou-se para o povo comum e trabalhador, produzindo obras em que a população brasileira em suas diversas atividades é o foco de sua atenção.

Em “Lenhador”, o camponês é um homem afrodescendente, como grande parte da população brasileira, e aparece não no exercício de seu ofício, mas sentado, com os braços cruzados apoiados no cabo do machado. Ao representar o descanso ao invés do trabalho, Graciano adota uma postura diferente daquela do elogio ao trabalho como atividade enobrecedora, porém vazia de conflitos. O direito ao descanso é potente e o foco deixa de ser a ação para ser o próprio personagem, lembrando que é somente com a sua vontade e força que o trabalho pode acontecer e gerar seus produtos.