Adjá, 2009. / Deusa do Ébano Ilê 00, 2017.

Deusa do Ébano Ilê 00, 2017.
Adjá, 2009.
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Flavia K (Feira de Santana/BA, 1975). Adjá, 2009.
Fotografia sobre papel 83 x 103 x 3 cm

Flávia K (Feira de Santana/BA, 1975). Deusa do Ébano Ilê 00, 2017.
Fotografia sobre papel. 103 x 93 x 3 cm

A fotógrafa Flávia K, uma “cronista de imagem”, registra as tradições da cultura afro religiosa com um olhar contemporâneo e ao mesmo tempo pleno de referências de suas heranças culturais.

Na obra “Adjá”, Flávia K apresenta o sino utilizado em diversos ritos religiosos do Candomblé, além de acompanhar as danças e os toques do atabaque. O enfoque dado pela artista traz um rigor formal, com relação ao uso da diagonal, e intensifica as diferentes texturas dos sinos e da vestimenta.

O Ilê Aiyê é o primeiro bloco afro do Brasil e foi fundado em 1974 por moradores do bairro do Curuzu, em Salvador. O bloco promove a expansão da cultura africana no Brasil e em língua iorubá significa “Mundo negro” ou “Casa de negro”. A eleição da Deusa do Ébano é uma das tradições do bloco e se opõe aos concursos de beleza tradicionais, que durante muito tempo excluíram a mulher afrodescendente. Ao escolher a deusa do ano, o evento torna-se uma celebração da cultura e da beleza negra. Na obra “Deusa do Ébano Ilê 00”, a eleita é representada altiva em uma efusão de luz e brilho, um perfil majestoso e um olhar sonhador.