Anjo tocheiro da Matriz de Santa Bárbara, Século XVIII.

Anjo tocheiro da Matriz de Santa Bárbara, Século XVIII.
Anjo tocheiro da Matriz de Santa Bárbara, Século XVIII.
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Francisco Vieira Servas (Guimarães/Portugal, 1720 – São Domingos do Prata/Portugal, 1811). Anjo tocheiro da Matriz de Santa Bárbara, Século XVIII. Madeira com policromia e douramento. 98 x 62 x 64 cm

Francisco Vieira Servas (Guimarães/Portugal, 1720 – São Domingos do Prata/Portugal, 1811). Anjo tocheiro da Matriz de Santa Bárbara, Século XVIII. Madeira com policromia e douramento. 98 x 62 x 64 cm

Francisco Vieira Servas nasceu em Portugal em 1720, onde estudou escultura e teria chegado ao Brasil por volta de 1752, quando já se encontram registros de seu trabalho na Matriz de Catas Altas, em Minas Gerais. Tinha como companheira Juliana Maria d'Assumpção, uma mulher afrodescendente, e chegou a ser dono de uma sesmaria em Rio Piracicaba, Minas Gerais.

Sua produção começa com o estilo Barroco Joanino, uma adaptação portuguesa do Barroco, do período do rei D. João V, e depois recebe influências do Rococó, uma mistura que caracterizaria o barroco mineiro. Estes anjos tocheiros receberam pintura policromada, aplicação de folhas de ouro, e no rosto, colo, braços e pernas, a técnica da encarnação, que garante um acabamento que se aproxima esteticamente da cor e da textura da pele. Esculturas criadas para serem vistas por todos os ângulos são trabalhadas em toda a volta e possuem as ondulações corporais e volutas que caracterizam a influência do estilo Rococó. É possível notá-lo também no panejamento rico em drapeados e nos cabelos ondulantes, que emprestam elegância e movimento à peça. Suas tochas trazem o significado da luz da fé, que ilumina o caminho dos fiéis.