Banho em família – Puruzinho, 1975. / Barreira branca – Rio Madeira, 1975.


José Cláudio da Silva (Ipojuca/PE, 1932 - Recife/PE, 2023).
Banho em família – Puruzinho, 1975. Óleo sobre tela.
52 x 42 x 3 cm
José Cláudio da Silva (Ipojuca/PE, 1932 - Recife/PE, 2023).
Barreira branca – Rio Madeira, 1975. Óleo sobre tela.
42,5 x 32 x 3 cm
José Cláudio da Silva, pernambucano, além de pintor, é gravador, escultor, crítico de arte e escritor. Sua pintura é marcada pelo estilo figurativo, retratando, principalmente, cenas regionais e paisagens locais. Em 1975, participou da expedição promovida pelo Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, a convite do zoólogo e compositor brasileiro Paulo Vanzolini, na qual produziu 100 pinturas a óleo, além de desenhos e um diário, narrando sua aventura artística e científica pela Amazônia.
José Cláudio foi um observador atento do homem e da identidade do povo brasileiro. Seus personagens revelam o cotidiano de um Brasil simples e colorido, que preserva suas origens. A obra “Banho em família - Puruzinho” destaca a simplicidade e a espontaneidade dos povos ribeirinhos, em uma família de uma comunidade indígena que se banha no Rio Puruzinho. A terra indígena do Alto Rio Purus é habitada pelos povos Huni Kuin, Kulina e Yaminawá.
Em “Barreira Branca” a paisagem ocupa quase toda a composição, e o barranco da margem aparece refletido no rio. Nas águas, seis silhuetas, talvez uma referência à população indígena local, os Waimiri Atroari, ou à própria tripulação da expedição de Vanzolini, navegam em uma canoa, quase indistinta da grandiosidade da natureza.