Maternidade Indígena (Madona e Menino), 1924.

Vicente do Rego Monteiro (Recife/PE, 1899-1970).
Maternidade Indígena (Madona e Menino), 1924. Óleo sobre tela.
272 x 126,5 x 7,5 cm
Vicente do Rego Monteiro nasceu em Recife e em 1922 participou da Semana de Arte Moderna, com a exibição de dez telas. Estando em Paris durante o evento, as obras foram incluídas na exposição por Ronald de Carvalho, seu amigo e poeta.
Seu interesse pelas lendas e costumes da Amazônia o fez estudar a Arte Marajoara com suas cerâmicas de motivos geométricos e alegóricos, o que ia ao encontro do movimento modernista, que buscava maior integração entre a arte e a cultura nacional. Seus estudos em Paris e o contato com as vanguardas modernas, como o cubismo de Picasso e o movimento Art Déco, lhe trouxeram a geometrização, simplificação formal e harmonia, com uma paleta de cores reduzida. Uma de suas temáticas recorrentes era aliar a arte sacra à estética moderna, como fizeram muitos artistas modernistas, como Tarsila do Amaral, Fúlvio Pennacchi, Alfredo Volpi e outros.
Todas essas referências se encontram na obra “Maternidade Indígena (Madona e o Menino)”, em que representa Maria e o Menino Jesus com feições dos povos originários brasileiros, por meio de uma linguagem plástica que sintetiza aspectos das vanguardas e do Art Déco.