Antropofagia, dec. 1960.

Antropofagia, dec. 1960.
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Tarsila do Amaral (Capivari/SP, 1886 – São Paulo/SP, 1973). Antropofagia, dec. 1960. Calcogravura, água-forte e ponta seca sobre papel. 37 x 46 x 5 cm

Tarsila do Amaral foi uma das grandes expoentes do Modernismo, alcançando grande reconhecimento no Brasil e no exterior ao retratar a brasilidade com cores e temas locais.

A pintura “Antropofagia”, de 1929, reúne duas famosas obras de Tarsila: “A Negra” e “O Abaporu”. Ao representar a população local e o Abaporu, o homem que come gente, buscava sintetizar as temáticas nacionais ao ideário modernista desenvolvido por Oswald de Andrade a partir de sua arte. Era preciso devorar as influências estrangeiras e produzir uma arte nova e nacional. Das obras originais manteve a figura da Negra e do Abaporu, a folha de palmeira, o cacto e o sol, indícios da tropicalidade de sua produção.

Esta gravura da década de 1960, uma água-forte sobre papel, é uma transposição feita a partir de um desenho de Tarsila de 1928, gravado pelo artista Marcelo Grassmann, para que se obtivessem múltiplos da produção da artista. Tal transposição foi autorizada por Tarsila, que assinou as impressões finais.