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A arte como narrativa: um concurso, uma história

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A arte como narrativa: um concurso, uma história
Palácio dos Bandeirantes, de 27 de novembro de 2012 a 31 de março de 2013

Sessenta e duas obras – entre pinturas, esculturas e desenhos – do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo e de coleções particulares estão reunidas em A arte como narrativa: um concurso, uma história. As obras do acervo dos Palácios foram adquiridas por meio de concurso que selecionou, em 1989, um painel para o saguão do Palácio dos Bandeirantes. Convidados por uma comissão especializada, participaram artistas com carreiras consolidadas já naquele momento: Antonio Henrique Amaral, Cláudio Tozzi, Emanoel Araujo, José Roberto Aguilar, Sérgio Ferro e Valdir Sarubbi.

A intenção da curadoria se manifesta nos dois núcleos principais do espaço cenográfico: apresentar a história desse concurso e a trajetória dos artistas convidados, pontuada com suas produções desde a data do certame até os dias de hoje, a partir de obras de coleções particulares raramente vistas, inclusive algumas inéditas, pelo grande público.

A exposição tem também o objetivo de mostrar a relevância de iniciativas como a do concurso público, no qual uma comissão integrada por críticos e historiadores de arte teve a oportunidade de estimular a arte local. O projeto vencedor, de Antonio Henrique Amaral, deu origem ao painel que ocupa o Hall Nobre da sede do Governo. Os outros cinco foram desenvolvidos em obras hoje instaladas em estações do Metrô de São Paulo.

Desde os anos 1960, os seis artistas já se revelavam protagonistas do cenário artístico nacional. É notável em todos eles a maturidade artística, revelada pela depuração e síntese formal, no desenho, na gravura, na escultura e na pintura, transitando por diversas influências, mas sempre com uma resposta pessoal, marcada pela inovação da linguagem plástica e dos conceitos sobre a arte, pelas experimentações tecnológicas, de técnicas e de materiais, e pelas preocupações sociais e políticas. Representam uma mudança estética e conceitual após anos de abordagem não figurativa, despontando para uma “ordenação realista do mundo”, nas palavras do historiador Walter Zanini.

Ana Cristina Carvalho
Curadora do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo