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Rota da Porcelana nos Palácios do Governo de São Paulo

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Rota da Porcelana nos Palácios do Governo de São Paulo
Palácio do Horto, de 26 de junho a 15 de novembro de 2010

“Rota da Porcelana nos Palácios do Governo de São Paulo” apresenta uma seleção de peças da coleção de louça dos três Palácios do Governo paulista: dos Bandeirantes, Boa Vista e do Horto.

A coleção inicia-se na década de 1970, com aquisições por meio de antiquários e acervos particulares, totalizando cerca de 200 peças que representam a cultura material do século XVIII ao XX. Compreende três segmentos: a louça histórica brasonada e monografada, usada por famílias ligadas à história de São Paulo, por nobres e titulares do Império; a louça oficial, encomendada pelos sucessivos governos para ser utilizada no uso diário, bem como nos banquetes dos Palácios; e a louça artística, que apresenta objetos de mesa e de decoração fabricados na China e na Europa.

Estas peças evidenciam o cotidiano doméstico europeu de três séculos atrás, época em que a porcelana era considerada uma verdadeira jóia e representante de status. Seu uso no Brasil inicia-se no Nordeste no século XVIII, com a importação de objetos europeus pelos ricos senhores de engenho. No período do Império, no início do século XIX, há uma maior disseminação dessas peças com a vinda da corte portuguesa para o Rio de Janeiro.

Além da coleção de louça chinesa das Companhias das Índias, a porcelana européia aqui exposta foi produzida, em sua maioria, nos séculos XVIII e XIX, em regiões da França, Inglaterra e Alemanha, e decorada segundo os estilos ocidentais, também sofrendo influências do “chinesismo” desse período.

Poucas peças da coleção dos Palácios são de fabricação brasileira, excetuando-se os serviços de mesa utilizados atualmente. No Brasil, os imigrantes europeus trazem técnicas do fabrico de louçaria somente a partir da década de 1910, e, ao longo da primeira metade do século XX, o desenvolvimento urbano e econômico da cidade de São Paulo impulsiona a indústria da louça e aquece o mercado local, diminuindo a importação de peças européias.

A aquisição de itens mais antigos e de origem chinesa segue os critérios históricos e artísticos acima mencionados.

Assim, esta exposição procura revelar os caminhos, as influências e as tendências artísticas da porcelana em seu longo percurso até os Palácios do Governo de São Paulo.

Ana Cristina Carvalho
Curadora do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo