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XI ENCONTRO BRASILEIRO DE PALÁCIOS, MUSEUS-CASAS E CASAS HISTÓRICAS
Heranças culturais: testemunhos materiais e imateriais no museu-casa histórica
São Paulo, 10 a 12 de junho de 2017
Itu, 17 de junho de 2017
Tradicionalmente, todos os anos, desde 2007, palácios e museus-casas históricas brasileiros reúnem-se em São Paulo com o objetivo de refletir sobre temas importantes para melhorar as boas práticas nessas instituições.
O XI Encontro Brasileiro de Palácios, Museus-Casas e Casas Históricas, concomitante às comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, oferece ações culturais que incluem conferências, debates, música e literatura, além das tradicionais visitas a museus-casas na capital paulista. Trata-se de uma oportunidade de reexaminar as nossas tradições e raízes históricas, desde os povos indígenas, a chegada dos portugueses e, ao longo do tempo, o fluxo de imigrantes de diversas partes do mundo e das migrações internas entre as regiões brasileiras, sob a perspectiva dessas heranças no museu-casa histórica – do patrimônio arquitetônico às coleções e à imaterialidade a eles associada.
E, a partir das casas históricas transformadas em museus, o tema deste ano promove uma reflexão sobre “Heranças culturais: testemunhos materiais e imateriais no museu-casa histórica”, estruturado em dois eixos conceituais de discussão.
a. Bagagem cultural e os fluxos migratórios. O Brasil é um país miscigenado, fruto da interculturalidade dos fluxos de migração, desde a época do seu descobrimento. As marcas estão nas feições das pessoas, na língua falada e escrita, nos hábitos e costumes, nos modos de fazer, nos objetos e nas habitações. Os museus-casas constituem espaços ricos dessa memória de vidas humanas, considerando que esses ambientes, outrora habitados, evocam histórias individuais e coletivas, articuladas na relação entre a casa, as coleções e os personagens, em seus distintos tempos. Considerando que os acervos representam, muitas vezes, o legado de grupos humanos, de grande simbologia para as comunidades, como essa herança é apresentada e como ela pode fazer a diferença nos tempos atuais?
b. Escolhas: o que lembrar e o que esquecer? Nesses espaços, cada porta aberta revela um universo de acontecimentos que vão além das questões de gosto e da dinâmica cotidiana de quem ali um dia viveu, incluindo relações culturais, afetivas e de poder. O que revelar ao visitante é, portanto, um grande desafio, pois envolve a exteriorização de aspectos da vida privada dos personagens, algumas vezes conflitantes com sua imagem pública. Como os museus-casas enfrentam os desafios de contar essas histórias?
Esta 11ª edição do evento dialoga com o tema proposto pelo Conselho Internacional de Museus – ICOM para 2017, “Museus e histórias controversas: dizer o indizível em museus”, que propõe ações de mediação da paz e de diálogo entre os povos. Enquanto testemunhos materiais e imateriais da vida em sociedade, os museus-casas estão no centro desse debate, apresentando-se como importantes espaços de interlocução, minimizando barreiras de compreensão entre as pessoas.