A coleção de arte moderna brasileira dos Palácios do Governo foi formada na década de 1970, com a intenção de reunir um acervo público de imenso valor para a História da Arte. Em 1969, para a seleção de peças para o Palácio Boa Vista, foi criado um grupo de especialistas, o Geapac – Grupo Executivo de Aproveitamento do Palácio de Campos do Jordão, com evidente preocupação de dar uma missão cultural ao edifício, preparando-o para ser uma grande atração turística da cidade, conhecida como estância climática.

Com o objetivo de atribuir um caráter essencialmente nacional ao acervo, priorizou-se a aquisição de obras do período moderno e de gerações posteriores, que foram influenciadas pela busca às tradições, as nossas raízes e pela diversidade da cultura brasileira.

A paisagem bucólica de Campos do Jordão é um dos temas preferidos pelos artistas que estiveram na cidade para usufruir do clima privilegiado, por motivo de tratamento médico, e que documentaram, por meio da pintura, lugares que já se modificaram ao longo de mais de meio século.

Desse modo, peças que ilustram a religiosidade, apresentam distintas etnias, gêneros e classes sociais e evidenciam cenas do cotidiano e festas populares estão reunidas nas primeiras salas do palácio.