A louça é um elemento central na vida cotidiana de todos nós. Desde as refeições em família até os banquetes de Estado, ela é testemunha silenciosa de momentos íntimos e solenes. Cada peça carrega a memória das mãos que a manusearam, das conversas ao redor da mesa e dos eventos que marcaram épocas.
Na esfera privada, as louças recordam histórias e tradições familiares passadas de geração em geração, enquanto em contextos oficiais, representam o poder dos governos e as tradições de todo um povo e das instituições que o representam.
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De acordo com a pesquisa realizada por Gustavo Brognara entre 2016-2017, mais de mil peças compõem o acervo de louçaria dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo. Este acervo é composto, por sua vez, por mais de 4 mil obras em diversas tipologias como: mobiliário, prataria, tapeçaria, imaginária, pinturas e esculturas.

Algumas das louças do acervo serviram a primeira sede do Governo, no Pátio do Colégio, depois, ao Palácio dos Campos Elíseos, e na década de 1960, transferidas pela os palácios dos Bandeirantes e do Horto, em São Paulo, e Boa Vista, em Campos do Jordão. Outras foram adquiridas já para exposição, como as aquisições para decoração do Salão de Banquetes no Palácio dos Bandeirantes, posteriormente, denominado Salão dos Pratos.

“A coleção de louçaria dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo restabelece memórias. Lembranças dos titulares do Império e das famílias paulistas ou relacionadas com a história de São Paulo na coleção de pratos brasonados; do colecionismo, que embasa critérios para a formação da coleção de porcelana oriental e europeia. Reinterpretadas e permanentemente expostas no Palácio dos Bandeirantes, e parte no Palácio Boa Vista, essas peças com seu interesse heráldico, genealógico e artístico, fazem reviver parte da vida social, administrativa e política de São Paulo.”
Gustavo Brognara, 2017